sábado, 14 de novembro de 2009

A felicidade do outro

A felicidade do outro



Acho que sabemos que amamos verdadeiramente

uma pessoa quando a vemos partir,

isso nos parte em mil, e ainda assim desejamos

que ela seja feliz, mesmo se nossos mil pedaços

vagam chorando em cada canto.






Só o amor nos torna seres assim tão superiores,

capazes de tanta grandeza.







Desejar a felicidade de quem magoou nosso coração

não é assim coisa tão fácil.






Exige de nós uma força extraordinária.

Uma luta se trava em nós: parte nos empurra,

nos cega para o bom e abre nosso coração

à mágoa e outra parte se enche de ternura

com as lembranças do que de bom vivemos.







É nosso eu doente e nosso eu são dentro

de um mesmo espaço e cada qual

tentando falar mais alto.






Como desejar a felicidade de quem nos feriu?

Como passar por cima? Não somos santos,

é o que nos dizemos.






Somos feitos de carne, osso, alma e coração.

Temos sentimentos... e os bons ficam assim

tão miúdos quando os maus aparecem...






Só mesmo um coração maior que nós e nosso eu

para vencer uma luta como essa.





Só mesmo um amor sem tamanho

e uma bondade sem limites.






O amor é uma água bendita!

Ele lava as mágoas, ele purifica, deixa branco,

sem mácula.





Se você for capaz de perdoar a alguém que

feriu seu coração e ainda desejar a felicidade dele,

saiba que o amor é o dom maior que vive

no seu ser e que você é uma pessoa

bem-aventurada!






E pessoas bem-aventuradas não só caminham

com a felicidade do lado, elas caminham

de mãos dadas com ela e vai chegar fatalmente

o dia em que essa felicidade vai abraçá-las.



Letícia Thompson

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