De que Adiantaria?
Nem sempre, algo distante está longe.
Nem sempre o que não se toca, não se tem.
Nem sempre o que não se vê, está oculto.
Se apenas o estar perto contasse,
Se apenas o tocar fosse a confirmação,
Se apenas os olhos pudessem ver...
De que adiantaria?
Nem sempre o falar é necessário.
Nem sempre o calar é de improviso.
Nem sempre o olhar é silencioso.
Se apenas gritar adiantasse,
Se permanecer quieto fosse essencial,
Se apenas teu olhar emudecesse...
De que adiantaria?
Nem sempre o que é meu está comigo.
Nem sempre controlo meu destino.
Nem sempre sou controlado por ele.
Se tudo me pertencesse,
o que mais alcançaria?
Se eu tudo controlasse
quem me controlaria?
Se apenas minha vida fosse o querer
do destino...
De que adiantaria?
O meu algo longe e perto,
O que toco até em meu sonho,
O que meu olhar clama em silêncio
Com lágrimas se preciso for.
O que o destino arquitetou e eu encontrei
O que me faz seguir adiante
mesmo com tantas perguntas
É apenas você,
a resposta que me é dada a cada dia.
Eudes Honorato
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário