Liberdade
Havia um homem que possuía
muitos pássaros.
Como vivia só, esses animais
eram como filhos.
Gostava de todos, mas, havia um,
que lhe era especial.
Se tratava de um velho canário belga,
que ganhara do pai.
O pequenino pássaro, fora o primeiro
de sua coleção e durante
longo tempo, sua única companhia.
Mas um dia , sem motivo, o passarinho,
apareceu doente. De olhar melancólico
nunca mais cantara, queria novamente
a sua liberdade.
Perceber e aceitar esse desejo eram
coisas que não entravam na cabeça
do seu dono.
A atitude do companheiro
parecia ingratidão.
Sempre lhe tratara bem.
Nunca lhe deixara faltar
alimento e amor.
No entanto, agora essa!
" Não vou soltá-lo" !
Concluiu. Algum tempo passou,
e o animal foi definhando
cada vez mais.
Sua morte parecia iminente.
Não tendo outra escolha
o velho homem deixou a gaiola aberta.
O canário com dificuldade andou
até a portinhola, permaneceu algum
tempo hesitante entre ficar e partir,
mas, acabou decidindo pela
segunda opção.
Aquele foi um longo dia;
solitário e triste...
Na manhã seguinte, o bom homem
acordou com um canto idêntico
ao do pássaro que partira.
Abrindo apressadamente a janela
deparou-se com o amigo que cantava
como nunca havia cantado.
Essas visitas se repetiram ainda
durante vários anos.
Com as pessoas acontece da mesma forma.
Amor não combina com
algemas e prisões.
Quem ama deixa sempre
às portas abertas à espera que
o amor verdadeiro possa se manifestar.
Autor deconhecido
PUBLICADO
17 07 10
AS
17:52 HRS
sábado, 17 de julho de 2010
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