sábado, 17 de julho de 2010

Liberdade

Liberdade







Havia um homem que possuía

muitos pássaros.
Como vivia só, esses animais

eram como filhos.
Gostava de todos, mas, havia um,

que lhe era especial.
Se tratava de um velho canário belga,

que ganhara do pai.

O pequenino pássaro, fora o primeiro

de sua coleção e durante

longo tempo, sua única companhia.
Mas um dia , sem motivo, o passarinho,

apareceu doente. De olhar melancólico

nunca mais cantara, queria novamente

a sua liberdade.



Perceber e aceitar esse desejo eram

coisas que não entravam na cabeça

do seu dono.
A atitude do companheiro

parecia ingratidão.
Sempre lhe tratara bem.
Nunca lhe deixara faltar

alimento e amor.
No entanto, agora essa!

" Não vou soltá-lo" !

Concluiu. Algum tempo passou,

e o animal foi definhando
cada vez mais.
Sua morte parecia iminente.
Não tendo outra escolha

o velho homem deixou a gaiola aberta.
O canário com dificuldade andou

até a portinhola, permaneceu algum

tempo hesitante entre ficar e partir,

mas, acabou decidindo pela

segunda opção.
Aquele foi um longo dia;

solitário e triste...
Na manhã seguinte, o bom homem

acordou com um canto idêntico

ao do pássaro que partira.
Abrindo apressadamente a janela

deparou-se com o amigo que cantava

como nunca havia cantado.


Essas visitas se repetiram ainda

durante vários anos.

Com as pessoas acontece da mesma forma.
Amor não combina com

algemas e prisões.
Quem ama deixa sempre

às portas abertas à espera que

o amor verdadeiro possa se manifestar.

Autor deconhecido




PUBLICADO


17 07 10

AS

17:52 HRS

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