sábado, 20 de março de 2010

A BONECA E A ROSA

A boneca e a rosa



Eu me apressei dentro de uma loja de departamentos local
para pegar alguns presentes de natal de última hora.

Olhei para todas aquelas pessoas e queixei-me comigo mesmo:

"Eu ficarei aqui para sempre e ainda tenho muito o que fazer".
O Natal estava começando a se tornar uma maçada.
Eu tipo que desejei passar o Natal dormindo.

Mas me apressei o melhor que pude no meio
de todas as pessoas em direção ao departamento de brinquedos.
Mais uma vez resmunguei comigo mesmo sobre
os preços de todos aqueles brinquedos.



E imaginei se os netos iriam sequer brincar com eles.





Eu me encontrava no corredor das bonecas.
Pelo canto do olho vi um garotinho, lá pelos seus
5 aninhos, segurando uma adorável boneca.


Ele continuou tocando os cabelos dela e a segurava com tanta suavidade.
Eu não me continha.
Eu apenas continuei olhando para garoto e imaginei para quem seria aquela boneca.





Eu vi o menino se virando em direção a uma mulher, chamar sua tia pelo nome e dizer: "Você tem certeza de que não tenho o dinheiro suficiente?"




Ela respondeu um pouco impaciente: "Você sabe que não tem o dinheiro suficiente para isso."




A tia disse ao garotinho para não ir em nenhum
lugar onde ela teria que pegar algumas
outras coisas e que estaria de volta em alguns minutos.


Então, ela deixou o corredor. O garoto continuou a segurar a boneca.




Após um tempo eu perguntei ao menino
para quem seria a boneca e ele disse:


"É a boneca que minha irmã tanto queria para o Natal.
Ela sabia que o Papai Noel a traria."




Eu disse a ele que talvez o Papai Noel pudesse levá-la.
Ele disse "Não, o Papai Noel
não pode ir onde minha irmã está...
Eu tenho que dar a boneca para minha mãe levá-la."




Eu perguntei a ele onde a irmã dele estava.

Ele olhou para mim com os olhos
mais tristes e disse:

"Ela se foi para estar com Jesus.
Meu pai disse que mamãe tem que ir estar com ela.



Meu coração quase parou de bater.




Então o garoto olhou para mim novamente e disse,

"Eu disse ao meu pai para dizer a mamãe
para não ir ainda. Eu disse a ele para dizê-la
para me esperar voltar do mercado."




Então ele me perguntou se eu queria ver a foto dela.



Eu disse a ele que adoraria.



Ele pegou algumas fotos que
ele tinha tirado em frente da loja.

Ele disse:


"Eu quero que minha mãe
leve isto com ela então ela jamais se
esquecerá de mim. Eu amo muito a minha
mãe e desejo que ela não tenha que me deixar.
Mas papai disse que ela precisa estar com minha irmã."




Eu vi que o garotinho tinha baixado sua cabeça
e tinha ficado muito quieto.
Enquanto ele não estava
olhando eu peguei minha bolsa e tirei um monte de notas.
Eu perguntei ao garoto: "Vamos contar aquele dinheiro mais uma vez?"




Ele ficou agitado e disse "Sim, eu sei que isso tem que ser o suficiente".



Então eu juntei meu dinheiro
ao dele e começamos a contá-lo.
Claro que era mais do que suficiente para a boneca.




Ele gentilmente disse:


"Obrigado Jesus por me dar o dinheiro suficiente."

Então o garoto disse:


"Eu tinha pedido a Jesus para me dar o dinheiro suficiente
para comprar esta boneca e então mamãe
pode levá-la com ela para dar a minha irmã.
E ele ouviu minhas preces.




Eu queria pedi-lo o suficiente
para comprar para minha mamãe
uma rosa branca, mas não pedi,
mas ele me deu o suficiente para
comprar a boneca e a rosa para minha mamãe.
Ela ama tanto rosas brancas, mas tanto, mas tanto.





Em alguns minutos a tia dele voltou
e eu afastei meu carrinho.
Não pude evitar de pensar
sobre o garotinho quando terminei minhas compras
em um espírito totalmente
diferente daquele de quando comecei.



E continuo lembrando uma estória que
tinha visto no jornal alguns dias antes
sobre um motorista bêbado batendo o carro
e matando uma garotinha e deixando em estado grave sua mãe.
A família estava decidindo quando remover os aparelhos
que a mantinham viva.



Mas certamente esse garotinho não pertencia àquela mesma estória.
Dois dias depois eu li num jornal que
a família tinha desconectado os aparelhos e a jovem mulher havia morrido.


Não pude esquecer o garotinho e fiquei
imaginando se as estórias estavam de alguma forma conectadas.




Mais tarde naquele dia, não pude me conter
e sai para comprar algumas rosas brancas e levá-las para a funerária onde a
jovem mulher estava. Lá, ela estava
segurando uma amável rosa branca,
uma linda boneca e uma foto do garotinho na loja.



Eu sai de lá em lágrimas, minha vida mudara para sempre.
O amor daquele garotinho
por sua irmã e sua mãe era irresistível.
E em um segundo um motorista
bêbado tinha rasgado a vida daquele garotinho em pedaços.




Autor Desconhecido


PUBLICADO 20 03 10 AS 20:47 HRS

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