quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Adivinha o Quanto Eu Te Amo

Adivinha o Quanto Eu Te Amo



Era hora de ir para a cama, e o gatinho se agarrou

firme nos longos bigodes do gato pai.

Depois de ter certeza de que o papai gato

estava ouvindo, o gatinho disse:

“adivinha o quanto eu te amo!”.





“Ah, acho que isso eu não consigo adivinhar”

– respondeu o pai.

“Tudo isto” – disse o gatinho,

esticando as patinhas o mais que podia.

Só que o gato pai tinha as patas mais compridas,

e disse: “e eu te amo tudo isto!”

“Hum,isso é um bocado” pensou o gatinho.







“Eu te amo toda a minha a altura”

– disse o gatinho.

“E eu te amo toda a minha altura”

– disse o pai.





“Puxa,isso é bem alto, pensou o gatinho.

Eu queria ter braços compridos assim”.

Então o gatinho teve uma boa idéia.






Ele se virou de ponta-cabeça apoiando

as patinhas na árvore, e gritou:

“eu te amo até as pontas dos dedos

dos meus pés, papai!”




“E eu te amo até as pontas dos dedos dos teus pés”

– disse o pai balançando o filho no ar.






“Eu te amo toda a altura do meu pulo!”,

riu o gatinho saltando de um lado para outro.






“E eu te amo toda a altura do meu pulo”

– riu também o pai,

e saltou tão alto que suas orelhas tocaram

os galhos da árvore.






“Isso é que é saltar; pensou o gatinho.

Bem que eu gostaria de pular assim.”

“Eu te amo toda a estradinha daqui até o rio”

– gritou o gatinho.








“Eu te amo até depois do rio, até as colinas.”

– disse o pai.







“É uma bela distância pensou o gatinho.”

Mas, àquela altura já estava sonolento demais

para continuar pensando.







Então, ele olhou para além das copas das árvores,

para a imensa escuridão

da noite e concluiu: nada podia ser

maior que o céu.






“Eu te amo até a Lua!”

– disse ele, e fechou os olhos.

“Puxa, isso é longe” – falou o papai gato

– “longe mesmo!”






O pai deitou o gatinho na sua caminha,

inclinou-se e lhe

deu um beijo de boa-noite.

Depois, deitou-se ao lado do filho

e sussurrou sorrindo:






“eu te amo até a Lua... ida e volta!”

E você, já disputou alguma vez com seu filho

quem gosta mais um do outro?







Geralmente as disputas são em torno de questões

como quem joga futebol melhor,

quem corre mais, quem vence mais etapas

no vídeo game,

quem coleciona mais troféus, etc.

A vida atarefada, o corre-corre,

os inúmeros compromissos,

por vezes nos afastam das coisas simples

como sentar na cama ao lado do filho

e lhe contar uma história,

enquanto o sono não vem.

Acariciar-lhe os cabelos,

segurar suas mãozinhas pequenas,

fazer-lhe companhia para que se sinta seguro.

Deitar-se, sem pressa,

ao seu lado quando ele vai para a cama,

falar-lhe das coisas boas,

ouvir com ele uma melodia suave para

espantar os medos que tantas vezes

ele não confessa.







Falar-lhe do afeto que sentimos por ele,

do quanto ele é importante em nossa vida.

Dizer-lhe que um anjo bom vela seu sono

e que deus cuida de todos nós.

E se você pensa que isso não é importante,

talvez tenha esquecido das muitas vezes

que arranjou uma boa desculpa para se

aconchegar ao lado do pai ou da mãe,

nas noites de temporal...



Se, às vezes, é difícil se aproximar

de um filho rebelde, considere que a sua

rebeldia pode ser, simplesmente,

um apelo desajeitado de alguém

que precisa apenas de um colo seguro

e um abraço de ternura.






O MEDO DE DIZER 'TE AMO'...



Sam Mcbratney


´
PUBLICADO 04 02 10 AS 22:10 HRS

Um comentário: